Um pintor usa as cores materializadas na tinta,
exteriorizando na tela a sua expressão do mar,
buscando através dele a beleza máxima possível,
sacralizando tal grandeza,
reverenciando o gigante louvável
num gesto de declaração do amor do seu coração
a tal bem da natureza.
E como não dispor mais do azul
em matizes diferentes,
se é dia e acima do horizonte
o céu se apresenta em volta?
Por inspiração natural,
um talento genial,
um apuradíssimo dom,
numa virtuose descomunal,
o mar se apresenta fenomenal.
Fonte inesgotável de inspiração,
em quantas paisagens diferentes
em que se mostra o mar
estará mais que fielmente representado
pelas mãos hábeis de um artista perfeito
no intento de mostrá-lo melhor
do que visto o mar propriamente ?
Por transportada magia à pintura
o mar torna-se carregado de sentimento
pelo amor que lhe é transportado
no momento da criação.
A sua presença imponente,
neste ambiente planetário,
o artista atinge num momento
fazendo-a ganhar tamanha plenitude,
de infindável brilho.
O mar, o astro, a estrela em destaque,
despertando imediato encanto
graças a tão mágico aspecto
transportado à tela.
Presenças outras sugestivas
além do horizonte e do céu,
mais do que simples detalhes
enriquecem ali a presença do mar:
numa simbólica cena,
mostra-se um peixe no ar
com o corpo curvado em direção à superfície
daquele mar de onde saltara,
a boa distância, à maneira dos golfinhos;
respingos d’água lhe acompanham,
num toque de alegria nesta exposição;
na oportuna intenção de estimar a vida
a qual lhe é tão inerente.
E quem ama o mar
que não ame seus bons e belos peixes,
quem pode viver o mar,
ser do mar,
ser sua fauna,
ter sua flora...?
Mais distante vê-se uma ilha,
com sua vegetação,
em que se destacam coqueiros inclinados
e sua borda branca de areia,
a praia que lhe contorna,
onde quebram ondas intermináveis.
A ilha é a terra firme do mar.
A terra que o mar envolve,
e que nos envolve
em sonhos e fantasias de amor,
histórias, aventuras, imaginações...
Na perfeição da tela
quase se pode vê-lo o movimento incessante;
ouvi-lo em seus murmúrios e marulhos;
senti-lo em sua maresia salutar ;
tocá-lo em sua água suave ;
adivinhá-lo em seu gosto salgado
Pode-se mesmo meditar sobre ele,
e constatar no que nos ensina.
Pode-se ver também uma vela,
sobre aquele mar, deslizando,
sugerindo a presença humana
nos seus domínios gigantescos,
de onde tiram sustento,
fazem fortunas,
vencem distâncias,
colhem prazeres...
Mas também onde se morrem.
Sim, é também onde se findam.
Mas não é o mar melancólico
que ora se representa no quadro
nesta vívida tela,
mas o mar da alegria,
que faz exultantes os corações,
e contenta as vistas de quem nele mergulha,
neste azul exuberante,
que não se pode facilmente descrever.
Apesar de ser dia,
de mar e céu azuis irradiantes,
ainda que o sol não esteja ali enquadrado,
mas se vê reflexos da sua luz na superfície,
a lua se mostra
no fundo do azul do céu,
como muito acontece de ser.
A lua, da cósmica relação com o mar
- marés , fases, ciência, crendices.
Também ali vagueiam nuvens no alto do céu,
densas e brancas como as espumas,
as espumas da água deste mar.
Este mar imaculado
num quadro paradisíaco,
como é o mar.
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